30.12.06

"Ignorância é Força"


Morto pelo próprio pai. Sem tapar o rosto, envolvido por uma corda e com semblânte de mártir.
Violação dos direitos humanos. Assassinatos. Guerras. Prisões. Vinte e quatro anos de governo. Um "Grande Irmão" da história moderna. Amor e ódio. Repúdia e veneração. Ideologia e fanatismo. Consenso e imposição. Xiitas e Sunitas.
O vilão da democracia, "filho" da nação que hoje o enforca, morre pela condenação do dia 5 de novembro de 2006. Três anos após ter sido derrubado pelo pai que nos anos 80 o forneceu os brinquedos de matar. Julgamento ou vingança?
Eid al-Adha, Festa do Sacrificio... dia escolhido ou coincidência?
A morte do temido ditador se transformou em construção de Mártir.
E por ter a mão americana provocou sentimentos extremos ao redor do mundo. Alegria, exaltação, pena, revolta.
"Ofereço minha alma em sacrifício, e Deus a levará para onde estão os mártires, ou que seja feita a sua vontade, Ele, Clemente Misericordioso, Dele somos e a Ele retornaremos."
Com essas palavras o ditador, amado e odiado se despede.
E o Iraque... continua nas mãos da nação democrática, e por uma grande coincidência comemora também os 3000 soldados americanos mortos.

A violência continua. A intolerância é reafirmada.
"Guerra é paz"